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sexta-feira, setembro 09, 2005

1,X,2

Vi hoje, pela primeira vez, o mais recente concurso de horário nobre da nossa televisão de "serviço público" (o que quer que isso queira dizer) e até gostei. É simples, directo e fácil de perceber e acompanhar e as questões colocadas têm todas um nível de dificuldade que vai de razoável para cima (evita-se o desespero daquelas 5 primeiras questões do “Quem quer ser milionário”, lembram-se?).

"O Cofre", de seu nome e apresentado por um sujeito que, aos poucos, me habituei a gostar/gramar (apesar da sua extrema tendência a falso moralista) – o magnânime ex-comentador desportivo Jorge Gabriel. Devo aqui confessar que estava mais enervado que os concorrentes em prova – não só pelo simples facto de que em casa parece sempre mais fácil, até porque não há nada a perder – mas, e acima de tudo, porque os concorrentes eram desesperadamente passivos (para não dizer mansos).

Foram-lhes colocadas perguntas tais como “em que mês aconteceu o ataque a Pearl Harbour?” ou “quantos versos tem um soneto? “ (refira-se, para quem não sabe, que se trata de um concurso cronometrado e em que uma resposta errada não acarreta nenhuma penalização) e os participantes, não conhecendo a resposta/para desespero meu, foram intercalando respostas hesitantes com enormes pausas para raciocinar. O que havia para raciocinar, pá?!? Se não sabiam ou não se lembravam da resposta não havia tempo a perder!

- Janeiro; Fevereiro; Março….!!. 1,2,3, …, 10,11,12…,1000!
(onde pára o velho e tão querido conceito de “jogar ao totobola?”)