menir

sexta-feira, setembro 30, 2005

Insert Coin

Vão ter de me desculpar por esta mas é bem mais forte que eu (e o que tem muita força tem que ser…ou o contrário, enfim…não interessa)


Todos, e sem excepção, deveríamos ter aí uns cinco créditos prontamente disponíveis, para ir eliminando as pessoas que considerássemos mais irritantes e/ou feias. Ponto.

Não interessava se até fossem boas pessoas, que fossem todos os dias à missa, que ajudassem o idoso a atravessar a rua na passadeira, amigas do seu amigo e que o seu desaparecimento fosse deixar inúmeras pessoas infelizes e inconsoláveis. Simplesmente, era a vida! Estava definido, à partida, que cada um teria esse direito e pronto.

Vejam bem como tudo seria mais simples. Deixava-mos de ter que levar com a incontornável vizinha do 2º esquerdo que nos azucrina a cabeça todos os santos dias num piscar de olhos. Aquele tio, inconveniente, que desestabiliza as festas e reuniões familiares, já era. As feiozas, que os nossos olhos (infelizmente) têm de gramar todos os dias na escola, fariam parte da história. Tão simples como isto. Ou não?

Pois é! Chegados a este ponto, a grande questão tratar-se-ia de como e com quem gastar tão preciosos e inestimáveis créditos (pois só tínhamos direito a esse número limitadíssimo e não recarregável para o resto da vida). Isso faria com que meditássemos profundamente antes de tomar qualquer decisão no que concerne ao rebate dos créditos – inclusive poderíamos até começar a dar valor a pessoas que não gramávamos nem por nada - pois os créditos eram só cinco e essa pessoa apesar de todos os defeitos não entrava no top 5 – passando a ser vista (quase) como um amigo, vejam lá!

Claro está que também podíamos sofrer do próprio veneno, pois alguém podia decidir gastar (vá-se lá saber porquê) um dos seus preciosíssimos créditos connosco! Mas, pensando bem, isso até seria um excelente tónico para nos tornarmos uma pessoa ainda melhor, mais sociável, mais correcta, mais simpática, mais amorosa, mais enfim, decente.

Ai como o mundo seria melhor com a questão dos cinco créditos!

segunda-feira, setembro 19, 2005

Give me (Hi)5, mas em carne e osso

AVISO: a reflexão que se segue pode ser entendida como extremamente machista (ou pelo menos foi idealizada como tal, uma vez que as ideias estão sempre sujeitas a diferentes interpretações, adaptações e outras palavras acabadas em “-ções” que sei que agora aqui ficariam bem) e não deve ser levada muito a sério.

Pois bem, toda a gente conhece o fenómeno Hi5. Se não conhece, devia conhecer e não é digno de receber elucidações cordiais (www.hi5.com).

Pois bem, admito que para mim e na altura da descoberta, esta maravilha se constituiu como uma revelação, uma verdadeira ideia de génio digna de uma das minhas melhores cogitações de casa-de-banho (mas este é outro assunto sobre o qual mais tarde prometo debruçar-me – ida à casa de banho, debruçar, BOA!).

Bem sei que todo aquele processo não é inédito. É precisamente o mesmo que os ante-pré-e-quasi-adolescentes fazem desde há vários anos pelos meandros do mIRC, ICQ e MSN. Meter conversa com toda a populaça com um nome aparentemente efeminado, num peculiar monólogo monossilábico de “m ou f?”, “dd tcls?” e “foto?” (que, quanto a mim, deveria ser profusamente estudado por algum linguista e sociólogo). Mas com a enorme diferença de tudo agora ser feito de uma forma mais natural, mais à vontade, com a colaboração de todos os intervenientes - as “miúdas” fazem a sua ficha (utilizando desde logo as suas melhores fotos, com as suas melhores roupas e suas melhores poses) e os “predadores” vão à caça, percorrendo de ficha em ficha, como se de uma selecção para algum cargo importante se tratasse.

Pura masturbação. Ao fim de alguns minutos de intensa pré-selecção lá se encontram alguns espécimes de (aparente) qualidade. Mas, qual foi a utilidade prática de todo o aparato criado e promovido pelo programa? ZERO. Os pseudo-“predadores” não passam de mansos raposinhos que nem um pinto conseguem sacar. Continuam sem ter qualquer tipo de ligação ao alvo seleccionado e a sua miserável situação permanece na mesma. Sozinhos e/ou mal acompanhados. (um conselho: para verem imagens de meninas bonitas comprem uma dessas revistas para “homens”, sempre são de melhor qualidade).

Pois aqui é que entra a minha inspiração. E porque não, cada um de nós, num acto de altruísmo e puro interesse, passar a promover a sua própria colecção de fichas pormenorizadas das amigas (com contacto incluído) de forma a criar uma dinâmica de trocas muito útil entre comparsas? Até já consigo imaginar os diálogos:

-Já tens a 27? Sim, troquei ontem com o António pela 12. Mas afinal não era a mais difícil. Falta-me é a numero 1!

segunda-feira, setembro 12, 2005

Cores ou P/B ?






















Desencantado directamente do baú (aulas desenho 00/01)

Pedradas

Nem é muito interessante, mas passo a (tentar) explicar o porquê do nome do blog:

1. Porque queria um nome que à partida fosse vago, não acarretasse referências e/ou imagens concretas.
2. Porque está directamente relacionado com a minha área de eleição – os menires foram (supostamente) as primeiras manifestações de arquitectura criadas intencionalmente pelo homem!
3. Porque, e sendo um menir na sua simplicidade uma pedra, a utilidade e intuito que eu antevejo neste blog é simplesmente mandar umas pedradas gratuitas e soltas sobre o que me vier à cabeça.
Espero que não acertem em ninguém.

Justificado? uff...

: : peças soltas : :

Alguém devia avisar estes treinadores holandeses que o (embora fraquinho) campeonato português não é o miserável campeonato holandês.

5 x 4 -1 (Carlitos) x1???

sexta-feira, setembro 09, 2005

1,X,2

Vi hoje, pela primeira vez, o mais recente concurso de horário nobre da nossa televisão de "serviço público" (o que quer que isso queira dizer) e até gostei. É simples, directo e fácil de perceber e acompanhar e as questões colocadas têm todas um nível de dificuldade que vai de razoável para cima (evita-se o desespero daquelas 5 primeiras questões do “Quem quer ser milionário”, lembram-se?).

"O Cofre", de seu nome e apresentado por um sujeito que, aos poucos, me habituei a gostar/gramar (apesar da sua extrema tendência a falso moralista) – o magnânime ex-comentador desportivo Jorge Gabriel. Devo aqui confessar que estava mais enervado que os concorrentes em prova – não só pelo simples facto de que em casa parece sempre mais fácil, até porque não há nada a perder – mas, e acima de tudo, porque os concorrentes eram desesperadamente passivos (para não dizer mansos).

Foram-lhes colocadas perguntas tais como “em que mês aconteceu o ataque a Pearl Harbour?” ou “quantos versos tem um soneto? “ (refira-se, para quem não sabe, que se trata de um concurso cronometrado e em que uma resposta errada não acarreta nenhuma penalização) e os participantes, não conhecendo a resposta/para desespero meu, foram intercalando respostas hesitantes com enormes pausas para raciocinar. O que havia para raciocinar, pá?!? Se não sabiam ou não se lembravam da resposta não havia tempo a perder!

- Janeiro; Fevereiro; Março….!!. 1,2,3, …, 10,11,12…,1000!
(onde pára o velho e tão querido conceito de “jogar ao totobola?”)